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domingo, 9 de outubro de 2011
ANJOS
SOBRE OS ANJOS
O fascínio pelos anjos é quase tão remoto quanto o sentimento religioso da humanidade. Sua figura misteriosa, etérea, já inspirou poetas, músicos, cineastas, filósofos. Mas há algumas décadas eles pareciam tão desacreditados quanto as cegonhas, até mesmo entre as altas hierarquias católicas.
Tanto que no Catecismo Holandês, de 1966, passaram a ser vistos como "elemento peculiar da cultura antiga". Curiosamente, ao passo que perdiam pontos entre teólogos da Igreja, os anjos voltavam à popularidade que já gozaram em outras eras.
Nos últimos anos vem acontecendo um revival angélico. Nos Estados Unidos, onde uma pesquisa Gallup revelou que 75% dos adolescentes acreditam neles, proliferam associações e jornais angeológicos. Na Itália, foram organizados vários seminários sobre o tema celestial. No Brasil, segundo pesquisa realizada no ano passado pela Saldiva e Associados Propaganda, 91% da população de São Paulo e Rio de Janeiro acreditam na proteção do anjo da guarda. O que há por trás dessa crença?
A partir da década de 90, que tem sido chamada pelos esotéricos de "a década dos seres de Luz", esses mensageiros de Deus passam a ser cada vez mais presentes na vida do ser humano, atraídos pelas faixas vibratórias de uma nova consciência, que ensaia os primeiros passos rumo às futuras transformações coletivas. Afinal, chegou o profetizado dia em que os anjos entrariam em comunhão conosco, para auxiliar o nosso despertar.
Cabe-nos agora a tarefa de cooperar com eles, como acontecia no princípio dos tempos, quando o homem convivia de maneira natural com esses ministros de Deus. Por isso nutrimos intuitivamente uma atração por eles.
Angelologia é a ciência voltada ao estudo do contagiante mundo dos anjos, os grandes agentes da circulação energética no cosmos.
A palavra "Anjo", é originária do grego angelos, que significa mensageiro, é o ser que estabelece a ponte entre as esferas celestiais e o plano em que vivemos.
Vamos encontrá-los em várias religiões, como o cristianismo, o judaísmo, o budismo, o hinduísmo ou o islamismo, consideram o seu papel de auxiliares do desenvolvimento humano. Curiosamente, os primeiros papas da igreja aconselhavam os fiéis a criarem anjos "artificiais", dada a importância de poder dispor de um canalizador de energia nos momentos de necessidade. Aliás, muitas vezes nós os criamos, até inconscientemente, como formas-pensamento, aplicando a visualização criativa.
Esses verdadeiros seres de luz são classificados por inúmeras categorias de anjos da guarda e permanecem constantemente dentro da sua aura luminosa. É possível que alguém que desempenhe um trabalho muito importante tenha junto de si uma assessoria de anjos transmitindo-lhe energia.
O anjo é um ser essencialmente passivo, e se uma pessoa não for permeável às suas influências, ele jamais interferirá no seu livre-arbítrio.
No fundo, o que ele inspira é amor, a qualidade que abre as portas do coração e da mente dos seres humanos, e o que lhes dá é conhecimento do lar celestial.
Mas quem quiser beneficiar-se com a ação dos anjos em sua vida, e sentir assim uma felicida
de crescente, deve possuir algumas qualidades indispensáveis a qualquer aspirante. Simplicidade, pureza, retidão e impessoalidade são atributos essenciais, além do hábito de cultivar pensamentos, palavras e atos o mais elevados possível e empenhar-se em fazer algo realmente grandioso de todas as coisas, reconhecendo a presença divina dentro do seu cotidiano.
Embora a popularização do assunto venha trazendo ao público várias representações dos anjos, a verdade é que eles não têm forma, pois constituem uma vibração, uma quantidade de fluído cósmico. A entretanto, podem apresentar-se ao observador por meio de uma imagem os identifiquem a partir de informações da sua própria mente. Outras vezes aparecem como grandes formas ovais concêntricas de luz ou clarões sem forma.
Os anjos do lar, por exemplo, atingem aproximadamente dois metros de altura e costumam postar-se num dos ângulos da casa, que se torna o melhor lugar para uma pessoa ler ou descansar, para uma planta vicejar ou um cachorro dormir. Para comunicar sua presença, os anjos podem produzir luzes coloridas, aromas sutis ou ainda emitir uma música de rara beleza, originada nas esferas superiores ou no suave ruflar de suas asas.
Dentro da hierarquia angélica definem-se nove coros celestiais, na seguinte ordem:
Serafins: são descritos com seis asas e envolto por chamas de fogo, têm poderes de purificação e iluminação, difundem o princípio da vida universal e manifestam a glória de Deus. Uriel é seu líder.
Querubins: trazem penas de pavão cheias de olhos, simbolizando a onisciência divina. Zelam pela ordenação do caos universal, pela sabedoria, e nos ofertam o conhecimento e as idéias. Jophiel é seu líder.
Tronos: identificados por uma roda de fogo, cuidam do trono de Deus e apresentam o sentido de união ao homem. São liderados por Japhkiel.
Domínios: almejam a verdadeira soberania e têm no cetro e na espada seus símbolos do poder divino sobre a criação. Afloram no homem a força para subjugar o inimigo interior. Zadkiel é seu líder.
Virtudes: expressam a vontade de Deus e zelam pelo reino mineral, oferecendo discernimento ao homem. São liderados por Haniel.
Potestades: são representados com espadas flamejantes. Responsabilizam-se pela ordem e protegem a humanidade dos inimigos exteriores. Zelam pelos elementos água, terra, fogo e ar. Raphael é seu líder.
Principados: portam cetros e cruzes e vigiam as lideranças, pois atribuem ao homem a submissão. Têm responsabilidade sobre o reino vegetal. Chamael é seu líder.
Arcanjos: também conhecidos como espíritos planetários lideram os anjos e são responsáveis pelo reino animal. São liderados por Miguel.
Anjos: são seres de luz que zelam pela gênese do homem e seu desenvolvimento espiritual, sem ocuparem postos ou desempenharem atribuições especiais nas fileiras do exército celestial.
Existem pesquisadores da angelologia que estabelecem diversas outras categorias, conforme suas experiências de contato intuitivo com os anjos em suas missões junto ao homem. De acordo com eles há anjos embelezadores da vida, anjos psicológicos, anjos do momento e anjos pessoais, para citar alguns dos mais comentados.
A música e a beleza são as dádivas desses seres, os canais de expressão de toda qualidade e movimento divinos, pois o belo é de natureza sagrada e nele reconhecemos a presença de Deus. Assim, existem anjos da música, da arte, da cor e da forma presidindo o trabalho de artistas, inspirando pessoas sensíveis à sua influência.
Os anjos não desejam ser adorados nem exigem rituais sofisticados em troca do que têm a nos ofertar. Se você quiser invocá-los, parta do princípio de que o amor é a condição básica para tê-los por perto, para permanecer em comunhão com a alegria, a luz e o poder que deles emanam. Se desejar promover um sentimento de fraternidade e paz em sua casa, uma idéia é oferecer aos anjos do lar um pequeno altar, que poderá perfeitamente permanecer exposto como um arranjo decorativo, invocatório.
Prepare-o com essa intenção, reunindo cristais, flores, incenso, água, uma vela ou o que mais achar importante, e componha esses elementos ao seu bel-prazer, com o pensamento voltado para o que irá pedir às forças angélicas, e assim eles se farão presentes.
obs.: Lembre-se: aquele que acredita no divino é porque o traz dentro de si.
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